Março 2022 | Ano 2022 | Volume 2 | Número 1 | ISSN 2763-8391

Sejam bem-vindas e bem-vindos

ao volume 2, número 1 do Boletim Eletrônico de Extensão, Cultura e Esporte ou simplesmente beece.


O beece é de acesso aberto, gratuito e em formato digital, buscando facilitar a chegada em suas mãos.


Mulheres, respeito e igualdade!



MINICURSO CONEPE: Aprendendo Matemática com origamis de figuras geométricas espaciais


Nós também



Residência Profissional Agrícola em Agricultura Familiar


Tem hidroginástica na UFJ! Venha conhecer suas variações e benefícios

Projeto Ser Social e Saúde Mental


Testar e Prevenir: ações conjuntas contra a Covid-19



Casarão

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (PROECE) convidou cada coordenadora e coordenador de Ação de Extensão da UFJ, executada em 2021, a indicar mulheres que fizeram parte da equipe executora da ação, para que estas fossem homenageadas na II edição Mulheres na Extensão. Com isso, a seção #fotoparobeece foi para destacar as homenageadas nesse mês de março.


O Dia das Mulheres é, sem dúvidas, uma data de expressivo valor devido ao significativo número de conquistas alcançadas pelas mulheres na sociedade. Como resultado dessa história, convidamos mulheres a contribuir e empoderar este volume do beece com sua perspectiva como integrante ativa dessa comunidade. Sendo assim, a palavra está com elas...


Mulheres, respeito e igualdade!

Wanessa Cruvinel

Advogada

Em meio a tantas questões do nosso cotidiano relacionadas à igualdade e respeito, sempre está em pauta a questão da mulher, da mulher em seu ambiente de trabalho, no contexto familiar, na liberdade de se vestir, por igualdade salarial, competências políticas, dentre outros temas de suma importância.

O mês de março é um mês dedicado a falarmos sobre essas questões relacionadas a nós, mulheres, para nos lembrarmos de que a data do dia 08 jamais deverá ser esquecida, por toda a crueldade praticada contra 130 mulheres operárias, em uma fábrica de tecidos, no ano de 1857, nos EUA.

O que elas reivindicavam?

Melhores condições de trabalho!

Por mais absurdo que pareça, mais de 160 anos depois, mulheres ainda convivem com essa discriminação relacionada aos homens, especialmente no ambiente de trabalho. Felizmente, o número de mulheres ocupando cargos de gestão no mundo todo vem crescendo e hoje elas representam 39% dos executivos com poder de decisão, segundo pesquisa realizada anualmente pela Grand Thornton.

Eu acredito que estamos caminhando, ainda em passos lentos, para uma igualdade de gênero em todas as esferas, porém, enquanto existirem mulheres pregando o contrário, replicando conceitos e "rótulos" machistas e ultrapassados, mais longe esse dia estará.

Se cada uma de nós fizermos nossa parte, entendendo, reivindicando e não aceitando nada menos do que merecemos e temos direito, um caminho lindo de muito respeito e igualdade estará esperando nossas gerações futuras.

"Nós também"

Luciana Aparecida Elias

Professora Associada, no exercício pró-tempore de

Pró-Reitora de Assuntos Estudantis - UFJ

O dia internacional das mulheres é comemorado em função da luta de mulheres da classe operária de várias épocas e vários sistemas econômicos. Algumas publicações afirmam que esse seria um dia de comemoração e luta.


Ser mulher preta nesse dia é ter motivos próprios para levantar a discussão sobre feminicídio, misoginia, racismo e outras questões sociais.


Somos o conjunto de cidadãs mais propenso a sofrer violência, ou ter um ente próximo morto pela mesma. Somos as últimas lembradas para lugares de liderança e destaque. Somos a quem menos são disponibilizadas medicações para dor, em situações de necessidades equivalentes de outros grupos. E nunca somos associadas a decisões, descobertas e contribuições importantes na história e nas ciências.


Os corpos das mulheres negras foram sempre aqueles disponíveis para a subjugação social ou sexual. Uma das consequências desse fato é que elas sempre foram as menos propensas a se obter justiça.


Mais que nunca, em nome da justiça e até dela mesma, a sociedade conecta-se com critérios do “foi sem querer”, “estava apenas brincando”, “pareceu certo”, “não tive a intenção”, “sempre falei assim”, “achei que fosse” para efetuar suas sentenças. Às vezes com poderes investidos por ninguém, às vezes com poderes dados pela própria sociedade. Eu me recusei a repetir a onomatopeia que recorrentemente usam para justificar a maioria dos abusos.


Quase sempre, o exercício de justiça só vem através de gritos, o que nos credencia como “barraqueiras”. Sim, o grito para sermos ouvidas não se qualifica como luta para a sociedade. Há sempre violência na ausência de escuta.


O desafio é inserir a luta de todas as mulheres chamadas de loucas, barraqueiras, bruxas e outras credenciais que a história da sociedade nos impôs.


Tendo a acreditar que a luta de gênero deve ser uma luta empática e solidária. Mas, também de exigências para que cada identidade seja acolhida em suas lutas, desde que as mesmas não gerem violência ou cerceamento de direitos civis.

Figura 1. Carolina Maria de Jesus

Aliás, direitos são o que menos usufruímos. A falácia de que a saúde é para todos, a educação é para todos, a segurança é para todos, coloca-nos nos últimos lugares da fila, sem perspectivas de novos horizontes. Quando a fila dos direitos se movimenta, quase nunca é para inserção. É para adequação. Com isso, os primeiros lugares são assegurados e a outra ponta é sempre achatada.


Sim, vamos gritar, posicionar, esbravejar, enlouquecer, barraquear! Vamos pautar nossas angústias! Mover a base da sociedade.


"Já estava cansada de viver às margens da vida" - Carolina Maria de Jesus


8M também é coisa de preta!

Tem hidroginástica na UFJ! Venha conhecer suas variações e benefícios

Lorena França Ferreira

Discente da X turma de Educação Física Bacharelado, monitora do Projeto Comunidade Aquática.


Ângela Rodrigues Luiz

Docente dos cursos de Educação Física Licenciatura e Bacharelado, coordenadora do Projeto Comunidade Aquática.

Quando se fala em hidroginástica, uma imagem de atividade aquática com idosos é o que vem à cabeça. Errado não está, contudo, esse tipo de atividade física não é somente para idosos. As aulas de hidro, termo comumente utilizado para se referir a esta modalidade, são voltadas para qualquer público. A hidroginástica é um tipo de exercício que não tem impacto nas articulações, faz diminuir a frequência cardíaca, aumenta a capacidade cardiorrespiratória, além de ser uma ótima opção para quem não gosta de fazer exercício em academias e procura um meio de se exercitar. O ambiente aquático é bastante benéfico para a saúde física e mental, com estudos comprovados indicando que diminui os níveis de depressão, ansiedade e estresse.


A hidro apresenta variações que são denominadas a partir da intensidade e do uso de aparelhos. O hidrotreinamento é uma variação, em que o treinamento resistido e a hidro são realizados com um programa de exercícios periodizados. Os movimentos devem ser demonstrados de forma simples e objetiva, sempre com muita correção, enfatizando a postura adequada, respiração e a amplitude dos movimentos, fazendo com que o aluno aprenda a usar, a seu favor, os benefícios que o meio aquático oferece.


O hidropower e o hidrojump são duas variações do hidrotreinamento que podemos destacar. No hidropower, usa-se o peso para fazer os exercícios, aumentando, assim, a resistência e a força a serem feitas dentro da água, proporcionando um aumento de força muscular e melhora no condicionamento físico. No hidrojump, usamos a cama elástica individual para as aulas. Nela, misturam-se movimentos do jump com a hidroginástica, com objetivo de melhorar a força e a resistência, principalmente, dos membros inferiores e auxiliar na melhora do equilíbrio.

Essas variações da hidro são pouco conhecidas aqui no Brasil. E nós, do Projeto de Extensão Comunidade Aquática da UFJ (Universidade Federal de Jataí), estamos elaborando uma proposta de trabalhar aulas com hidrotreinamento, hidropower e hidrojump, assim que as aulas presenciais retornarem, em atenção à Pandemia de Covid-19. Até lá, estamos buscando aperfeiçoamento, realizando estudos e cursos on-line na área de hidroginástica. Buscamos estabelecer maior diálogo com as pessoas para ampliar a compreensão sobre a modalidade. Realizamos lives, participamos de congressos e, no momento, utilizamos o espaço do Beece para estabelecer essa comunicação.

Esperamos, assim, que com o retorno do ensino presencial, tenhamos maior adesão da comunidade acadêmica e da comunidade jataiense. As aulas são gratuitas e serão na piscina do Núcleo de Práticas Corporais (NPC), que está localizado dentro da Cidade Universitária da UFJ.

Para quem não conhece, o Projeto Comunidade Aquática existe desde 2009 e visa proporcionar experiências aquáticas de natação e hidroginástica para as comunidades interna da universidade e a externa (população jataiense). As atividades são monitoradas por acadêmicos dos cursos de Educação Física, como uma oportunidade de aquisição e aprimoramento profissional para ofertar ao público participante momentos de aprendizagem, lazer, cuidados com a saúde, prática de atividade física e melhoria do condicionamento físico.

Referências:
VIEIRA, J. L. L. et al. A prática da hidroginástica como tratamento complementar para pacientes com transtorno de ansiedade.
J Bras Psiquiatr., v. 58, n. 1, p. 8-16. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0047-20852009000100002. Acesso em: 10 nov. 2021.

Lucas Evangelista Marques

Discente do curso de Biomedicina da UFJ

Sabrina Toffoli Leite

Docente Unid. Acad. de Ciências da Saúde e Diretora de Atenção à Saúde do Servidor
Débora Mara Aparecida Ferreira Lima

Enfermeira do Trabalho e Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor

Hanstter Hallison Alves Rezende

Docente Unid. Acad. de Ciências da Saúde e Pró Reitor de Gestão de Pessoas

O surgimento da pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe e ainda traz muitas incertezas. Muitas respostas já foram dadas e outras ainda estão sendo construídas. Seu término ainda é incerto, mas, ao longo desses quase dois anos, foi possível aprender que algumas medidas são necessárias para controlar a disseminação do vírus, das quais se destacam o isolamento social, o uso de máscara, a vacina e as testagens em massa.


Segundo o Painel de Controle da Covid-19 no Brasil[1], foram identificados 25.214.622 casos da doença no país desde o início da pandemia até o último dia 28 de janeiro. Por isso, a adoção de políticas de testagem em massa é uma importante ferramenta para elaboração de estratégias de enfrentamento e controle da doença.


Atualmente, existem dois tipos de testes rápidos bem difundidos nos sistemas públicos de saúde para identificar se a pessoa teve contato com o coronavírus: o teste de antígeno, que identifica partes estruturais do vírus a partir de uma amostra de swab nasal, e o teste de anticorpos, que detecta a produção de anticorpos IgM e IgG, sendo feito comumente a partir de uma amostra de sangue retirada da ponta de um dos dedos das mãos (MAGNO et al., 2020).


Existem outros tipos de testes, como, por exemplo, o RT-PCR, que detecta se há presença do vírus em atividade no organismo a partir do material genético, que é o teste confirmatório para infecção para Covid-19. Importante ressaltar que, independentemente do teste utilizado, todos têm suas limitações e dependem da interpretação de profissional de saúde especializado (MAGNO et al., 2020).


Outra ferramenta que deve estar disponível em breve são os autotestes, liberados pela Anvisa no dia 28 de janeiro de 2022[2]. Somente serão permitidos autotestes baseados em ensaio imunocromatográfico para detecção de antígeno do vírus, e seu resultado terá caráter somente orientativo e não diagnóstico, sendo que só poderão ser comercializados por estabelecimentos de saúde credenciados junto à Anvisa.


Nesse sentido, pensando na garantia de um retorno às atividades presenciais de forma segura no âmbito da Universidade Federal de Jataí (UFJ), foi realizado, no dia 15 de janeiro de 2022, no Câmpus Riachuelo, o dia D para testagem de Covid-19 para a Comunidade Universitária, pela Diretoria de Assistência à Saúde do Servidor (DASS/PROPESSOAS), com o atendimento de alunos, servidores e colaboradores da Universidade. A testagem contou com a colaboração de alunos e professores dos cursos da área da saúde para a realização dos testes. O teste utilizado foi o do tipo rápido, de antígeno, da marca ©Abbott, que é baseado na detecção de anticorpos humanos, produzidos a partir do contato com o vírus causador da Covid-19 (Sars-Cov-2). Dentre os resultados possíveis de serem observados, destacam-se os descritos na imagem abaixo:

Imagem 1: Possíveis resultados no teste de anticorpos para Covid-19 (Fonte: ©ABBOTT, 2020).

Em resumo, quando uma pessoa apresenta resultado negativo, é possível dizer que ela não está com infecção ativa e não possui anticorpos de memória (IgG) circulantes. Os que apresentam resultado positivo para IgG também não possuem infecção ativa, mas, têm a presença de anticorpos de memória circulando. Já aqueles positivos para IgM apresentam a infecção ativa no momento da testagem e por isso devem tomar medidas de proteção adequadas, como o uso contínuo da máscara, fazer o isolamento social e, se preciso, procurar assistência médica, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2022).


Portanto, fica claro que, ao pensar em voltar às atividades presenciais nos diversos estabelecimentos acessíveis à população, seja de ensino, comércio, de saúde, entre outros, é também necessário elaborar propostas de testagem em massa aos grupos que farão parte dessas atividades, com o objetivo de rastreamento e supressão de possíveis casos positivos para a redução das taxas de transmissibilidade (FIOCRUZ, 2021; PILECCO et al., 2021).

Imagem 2. Dia D de testagem para COVID-19 realizado na UFJ

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 595, de 28 de janeiro de 2022: Dispõe sobre os requisitos e procedimentos para a solicitação de registro, distribuição, comercialização e utilização de dispositivos médicos para diagnóstico in vitro como autoteste para detecção de antígeno do SARS-CoV-2, em consonância ao Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 (PNE-Teste). Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28 de jan. 2022.

FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz. Ministério da Saúde. Recomendações para o planejamento de retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19. Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2021/09/gt_em_finalizacao_2021-08-19.pdf>. Acesso em: 31 jan. de 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Painel de casos de doença pelo coronavírus 2019 (Covid-19) no Brasil pelo Ministério da Saúde: Painel de Controle. Disponível em: <https://covid.saude.gov.br/>. Acesso em: 26 jan. de 2022.


©ABBOTT. Covid-19 IgG/IgM RAPID TESTE DEVICE BULA. Jena: Abbott Rapid Diagnostics Jena GmbH, 2020. Disponível em: <https://dccdn.de/www.doccheckshop.at/media/pdf/50/37/0a/Gebrauchsanweisung_Antiko-rper-Test.pdf>.Acesso em: 31 jan. 2022.

MAGNO, L. et al. Desafios e propostas para ampliação da testagem e diagnóstico para COVID-19 no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25, n. 9 pg. 3355-3364.

PILECCO, F. B. et al. O efeito da testagem laboratorial nos indicadores de acompanhamento da COVID-19: uma análise dos 50 países com maior número de casos. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2021, v. 30, n. 2.


WHO. World Health Organization. Country & Technical Guidance - Coronavirus disease (Covid-19). 2022. Geneva: World Health Organization. Disponível em: <https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance>. Acesso em: 30 jan. de 2022.


[1] Acesse o painel em: https://covid.saude.gov.br/.

[2] RDC n° 595, de 28 de janeiro de 2022.



Residência profissional agrícola em Agricultura Familiar

Mariza Souza Dias

Coordenadora administrativa da Residência Profissional Agrícola em Agricultura Familiar do NEAF/UFJ

O AgroResidência - Programa de Residência Profissional Agrícola - é uma política pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que visa promover a qualificação de jovens estudantes e recém-egressas/os dos cursos de Ciências Agrárias e afins, por meio de estágio e da residência.


O objetivo do projeto de Residência Agrícola em Agricultura Familiar do NEAF, que é o Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Familiar Camponesa da UFJ, é formar estudantes residentes em atividades práticas na área da extensão rural e agroecologia, direcionadas para as/os Agricultoras/es Familiares.


As/Os residentes atuarão na prestação de serviços, assistência técnica e projetos de extensão das cooperativas de Agricultoras/es Familiares dos municípios de Jataí e Mineiros (GO) e no NEAF, dentro das funções ligadas à respectiva formação profissional, sob supervisão e acompanhamento de profissional técnico habilitado com formação e de um professor.

Além de qualificar profissionais, a Residência Agrícola do NEAF/UFJ busca desenvolver nas/nos estudantes o senso de responsabilidade ética, social e ambiental, direcionando-as/os para uma vida cidadã e para o trabalho com Agricultores Familiares, que são as/os principais produtoras/es de alimentos e geradores/as de empregos no campo brasileiro.


O projeto fornecerá seis bolsas de 1.200,00 reais ao mês, por até dois anos, para jovens com idades entre 15 e 29 anos, estudantes da UFJ dos cursos de Agronomia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Zootecnia ou para ou recém-formados/as nesses cursos da UFJ ou de outras instituições de ensino superior.


Para concorrer à bolsa, a/o estudante deve ter finalizado todas as disciplinas da graduação, menos o estágio. Já a/o recém-formado deve ter concluído o curso há, no máximo, 12 meses. O edital de seleção das/dos Residentes será lançado ainda no primeiro semestre de 2022, na página oficial da UFJ.


Fiquem atentos e não percam esta oportunidade!

MINICURSO CONEPE: Aprendendo Matemática com origamis de figuras geométricas

Andrielle Aparecida Cardoso Assis, Fabiana Barbosa da Silva Ramos, Letícia Soares Quirino, Luciana Ferreira do Santos

Acadêmica do Curso de Licenciatura em Matemática da UFJ

Grace Kelly Souza Carmo Goulart

Docente do Curso de Licenciatura em Matemática da UFJ

Durante a realização do Conepe de 2021 (evento que foi o maior sucesso!!!), nós, integrantes do Pibid de Matemática, apresentamos um minicurso que teve como tema figuras geométricas espaciais e origamis. Inicialmente, foi feita uma breve introdução sobre os origamis e sua importância histórica. Em seguida, ensinamos aos participantes alguns modelos de origamis originados dos sólidos de Platão, como cubo, tetraedro, octaedro e dodecaedro. Propomos, por meioda montagem de sólidos geométricos, fixar conceitos geométricos, como características de figuras planas e espaciais, além de organizar o pensamento e exercitar a memorização. Participaram do minicurso discentes da UFJ e também de diversas universidades e houve uma ótima interação entre todos os presentes (mesmo que de forma on-line!!!).

Esperamos que a execução desta oficina tenha levado os participantes a ampliarem seus conhecimentos sobre figuras planas e espaciais e, posteriormente, a utilizarem a técnica em diversas situações pedagógicas.


Projeto Ser social e Saúde mental

Aurélia Magalhães de Oliveira Souza

Psicóloga - PRAE/UFJ

Luciana Aparecida Elias

Professora Associada, no exercício pró-tempore de Pró-Reitora de Assuntos Estudantis PRAE/UFJ

Em novembro de 2021, completamos um ano da primeira roda de conversa do projeto de extensão denominado Ser Social e Saúde Mental, que aconteceu no canal oficial da UFJ, no Youtube. O projeto nasceu da necessidade de conversarmos sobre temáticas pessoais e sociais que acometem o ser humano e que, de alguma maneira, podem atingir direta ou indiretamente sua saúde mental, afinal, o ser humano é um ser social, ou seja, vive em sociedade, construindo-a e sendo construído por ela, ao mesmo tempo. Assim sendo, tudo o que acontece na sociedade afeta o ser humano, que é o seu próprio agente construtor e transformador. Temos vivido tempos difíceis, e não dizendo exclusivamente por causa da pandemia da Covid-19, mas, também, pelas inúmeras questões que afligem o indivíduo no decorrer de toda sua vida, como: ter corpo perfeito determinado pela mídia em geral, possuir atributos surreais exigidos pelo mercado de trabalho (proatividade, protagonismo, autonomia), vivenciar preconceitos demonstrados de forma agressiva e por vários meios, dentre outros motivos que assolam o ser humano de qualquer faixa etária, sexo, etnia, orientação sexual, profissão.


As rodas acontecem mensalmente no canal da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte - PROECE e, até o momento, contamos com mais de 1.700 visualizações. Nesse primeiro ano de existência, atingimos nosso objetivo principal, que é abrir um espaço coletivo para discutirmos assuntos que podem estar adoecendo a todo e qualquer indivíduo que faz parte dessa sociedade.


O projeto é coordenado pela psicóloga da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis - PRAE, Aurélia Magalhães de Oliveira Souza, e tem uma equipe muito engajada, sendo ela: Beatriz Assis Carvalho Cruvinel, nutricionista da PRAE/UFJ e vice-coordenadora do projeto, as psicólogas bolsistas Vanessa Assis Menezes e Wellyta Ribeiro de Souza, as discentes bolsistas do curso de Psicologia da UFJ, Ana Luísa Rocha Contim e Jade Cardoso Pinheiro Prestes, e a discente de Psicologia da UNA, Sinara Rosa Carvalho e Silva.


Todas as rodas estão disponíveis no canal oficial da PROECE e convidamos vocês para assisti-las, além de, claro, participarem das que ainda virão.

Aires Francisco de Oliveira

Ator, diretor, cenógrafo e Diretor de Cultura e Esporte - PROECE/UFJ


“...quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo...”

(Antônio Belchior,1976).

Em 2022, o casarão da UFJ, localizado no Câmpus Riachuelo, completará 70 anos e mais de cem histórias para contar. Imponente, cravado no coração da cidade e em meio ao verde das frondosas árvores, o prédio assiste ao tempo passar. Pessoas vão, pássaros vêm, cai a chuva, renasce o sol e, insistentemente, o belo casarão, construído com uma fachada em estilo vitoriano norte-americano, em vértice, com colunas nas extremidades, vislumbra os anos que não param de se amontoar em seus tijolos.


O prédio foi inaugurado em 1952 pela então Escola Evangélica de Jataí, sendo um exemplo de arquitetura dos meados do século XX. Construído para servir de internato às alunas do Instituto Presbiteriano Samuel Graham, que na época recebia o nome de Escola Evangélica de Jataí, serviu também como alojamento de alunos, residência do diretor e de professores vindos de outros estados quando o prédio passou para a Universidade Federal de Goiás e hoje espera ansioso para futuras funções.


O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico e ambiental do município de Jataí, cuja lei estabeleceu algumas regras de uso e preservação, não podendo ser demolido ou sofrer qualquer descaracterização em sua estrutura ou detalhamento interno ou externo sem autorização prévia.


Poucos são os documentos que se referem à construção do Casarão e apenas alguns arquivos são referentes à instituição. Alguns panfletos da época de internato dão uma vaga ideia das atividades desenvolvidas naquele espaço. No entanto, existem relatos diversos, de professores, ex-alunos e cidadãos que poetizam a quase mágica presença daquele prédio, tornando cada dia mais necessário preservar e registrar a sua história.


O vento das árvores que protegem o casarão provocam um assobio, que insistentemente nos assedia a olhar para as suas imponentes paredes, para a beleza de seus arcos e a opacidade quase cegante de suas velhas janelas basculantes, com vidros martelados. Olhamos e queremos entrar, sentir a sua energia, a sua força, a sua história e lentamente encostar os ouvidos em suas paredes e num sussurro quase mudo, murmurar: ah, se as paredes falassem!