Ao longo da última década, as instituições públicas de ensino superior no Brasil têm experimentado um processo de reconhecimento e reestruturação de projetos e atividades culturais. Esse movimento foi impulsionado pela publicação da lei que instituiu o Plano Nacional de Cultura (PNC) em dezembro de 2010. Segundo uma pesquisa realizada pelo Jornal da Universidade (JU) , pelo menos 50% das instituições de ensino superior mantidas pelo governo federal já desenvolveram ou estão em processo de elaboração de seus próprios planos culturais.

Qual é o melhor caminho para elaborar um plano de cultura coeso e que não apresente uma ideia de cultura associe somente a manifestações artísticas como prevê o PNC, documento citado em muitas das políticas universitárias para a área. Conforme a lei, “ela deve ser considerada em toda a sua extensão antropológica, social, produtiva, econômica, simbólica e estética”. Nesse movimento, a Universidade Federal Jataí-UFJ, trabalha na construção de uma política cultural espelhada primeiro em suas atividades de extensão que já funcionam voltadas para a cultura. 

Neste trabalho, em desenvolvimento pelo Fórum Permanente de Cultura, há um levantamento dessas atividades desenvolvidas pela universidade federal de Jataí e também por outras entidades da região. Nessa ideia, a universidade busca valorizar a extensão cultural que é uma atividade que busca levar o conhecimento e a cultura para a comunidade de forma acessível e inclusiva. Essa prática pode ser realizada pela universidade, com o objetivo de promover a educação não formal, democratizar o acesso à cultura e desenvolver a cidadania, aponta caminhos para um retrato das atividades de arte e cultura em andamento da região.

A extensão cultural tem uma grande importância para a sociedade, pois proporciona a aproximação do conhecimento acadêmico com a realidade social, estimula o diálogo entre as diversas áreas do conhecimento e entre as pessoas, amplia a visão de mundo dos indivíduos e contribui para a formação de uma sociedade mais crítica e participativa.

Além disso, a extensão cultural pode promover a inclusão social, ao levar atividades culturais e educacionais para locais onde o acesso a essas oportunidades é limitado. Dessa forma, a extensão cultural pode contribuir para reduzir as desigualdades sociais, promover o desenvolvimento humano e aprimorar a qualidade de vida das pessoas.

Outra importante função das atividades de extensão com cunho cultural é a preservação do patrimônio cultural e histórico. Ao promover ações que valorizam a cultura local, a extensão cultural pode contribuir para a preservação da memória e identidade cultural de uma comunidade.

Com um papel fundamental na promoção do conhecimento, da cultura e da cidadania, contribuindo para o desenvolvimento social, a inclusão e a preservação da memória cultural e histórica, que buscamos valorizar as atividades de extensão com foco na cultura. È nesse sentido que a UFJ tem oferecido diversas oportunidades de formação e aprimoramento, como cursos, oficinas, palestras, mostras, festivais e apresentações artísticas. Essas atividades têm como objetivo estimular o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da percepção crítica e da reflexão sobre a cultura e as artes, contribuindo para a formação de indivíduos mais completos e conscientes.